03 julho 2010

O que é

Ao rever tudo o que escrevi penso que é tudo tão nada. Um carrossel de sensações que acabrunham sentimentos. Dissimulação. O Entretanto. Queiram-me desculpar por no presente desconhecer a verdadeira razão. Sou uma criança na ligeireza do tempo. Assoberbam-me os sentidos de emoções que jamais sabia existir. Ainda sou a miúda que usa uma flor no cabelo ondulado. Expresso-me bem através do meu corpo, daquilo que crio. Absorvo a inspiração do quotidiano, dos objectos, dos elementos, dos 6 sentidos, mas acima de tudo dos humanos. As energias que cada ser me transmite é vital. Sempre disse que sou muito psicológica. Afirmo temerariamente que a dor física é controlável pela mente. Há quem concorde. Com essa dor posso eu bem. O meu pior defeito é amar. Não a paixão pois confesso ainda não ser mulher de tal. Amar os humanos de uma forma inocente é a minha fraqueza. Desiludam-se se me apresento de forma “naif”. Eu sou-o! Mas a minha pureza não é intocável. Acredito no equilíbrio: uma forma positivista do “Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti” poderia resultar no se dás um sorriso recebes outro. E há o Karma! Mas por vezes negligencio a troca e dou. Isto é amor, há quem diga! Então o amor não é um duo, não se refere a duas almas. Sendo o amor uma construção, no seu processo há diferentes forma de expressá-lo. O que torna errado a prova de amor de um assassino passional? A sociedade confunde-me quando procuro entender o homem. A mente humana assusta-me pois no seu estado puro recua aos instintos primatas. Há o amor e há o egoísmo. Sou egoísta mas, irrelevando qualquer moralismo que não possuo, não tanto. Por vezes preciso fugir deste espectáculo. Recuso a monotonia contudo abomino os passatempos de cruéis bons actores. Talvez a culpa seja minha por não ver para além da minha imaginação. Para mim todos são boas pessoas e aquilo são apenas pequenos defeitos. Depois chega a realidade e esbarra-te com as evidências. Ou elas perseguem-te numa madrugada, tentam dominar-te e queres ser livre que apenas gritas, um só grito de liberdade. Mas está lá. Nunca digas nunca. Por vezes, quero a solidão que tanto me angustia. Penso nela encontrar o meu porto de abrigo. Tento chegar até ti. Procuro um feedback quando quase desisto de acreditar que estás sempre comigo, connosco. Silencio todo e qualquer ruído normativo enquanto me tento desenhar. Os retratos nunca foram o meu forte. Cada dia me esforço por fazer um melhor traçado da realidade. Nunca estou só. Valorizo aquilo que de melhor existe na vida. Ter amigos é amar. Assim vou construindo o que é.

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