29 janeiro 2010

Primavera


Apetecia-me dizer que fui capaz. Mentiria. Acobardei-me como qualquer folha de outono. Caí, calei e perdi. Se fosse a traduzir a questão em números, diria que estou em débito. É incrivelmente fácil dissumular as dúvidas como culpas nos actos dos outros. Vergonha por tê-lo feito. A minha vida sou eu que a crio. Nunca realmente lhe tomei as rédeas. Se voltava atrás e seguia outro déjá-vù? Não sei. Mais uma vez deixei que ele, o tempo todo poderoso e a solução mais fácil, agitasse o que morreu quando apenas queria que declarasse o óbito. Confesso o meu erro. Embrulhei-me no meu orgulho ferido. Peço desculpa. Que me serve agora a expiação dos meus pecados? Paz! Preciso que ela seja constante. Porque eu sou assim mas perdi-me no meio de dramas que construí.
Estou a criar a minha Primavera. Enquanto isso sou a...

"Distraída. Sempre me vi como aluadamente distraída. Não do tipo que não percebe o que se passava à volta mas do género sonhadora. Porque eu apercebo-me e sinto. Por vezes dói. Como agora. Passa? Claro que passa. Tudo vai e tudo vem. A minha dúvida está nas segundas oportunidades." Nunca acreditei nelas. "Será justo esperar pelo momento certo? Mas o que é isso de perfeição temporal? Canções de embalar que inventaram para os temerosos. Acredito na força dos sentimentos. Emoções leva-as o vento. Tudo o que nos impele a agir é bom. Somos actores da nossa vida. O que fazemos determina o que será. Por vezes não sei de mim. Mas agora estou aqui. Depois não sei."
Stand by
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16 janeiro 2010

Passado

Já pensei demasiadas vezes no que poderia mudar. A solução é uma constante: nada!

Tudo se perdeu rasgado pela desilusão do que és. Quis desculpar a inconsistência, o melodrama. Apenas me resta a pena, pena de quem te estás a tornar. Estou cansada do teu fingimento, da falta de respeito que demonstras por mim. Acho que nunca te vou conseguir perdoar. Certamente, nunca o vou esquecer. É a tristeza que me domina: o tudo ter acabado num tornado que agita o vazio.
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