10 julho 2007

Finjo não saber que me observas com o teu olhar inconsequente. Não tiras ilações nem fazes suposições. Sorris como um soldado que dispara a arma ao menor sinal de movimento inimigo. Nesta vida de corre-corre no teu olhar é somente a tua inconsequência que me faz perder a razão. Não és o único que te declaras.
Arrastamos as cadeiras e fazemos jogos de cartas nesta mesa – eis o mistério. Cada vitória tua face à minha inexperiência culmina no teu respirar ofegante. Sei que me beijas só porque o podes e que fazes promessas e assumes o amor como razão.
E fazes-me perdê-la. É o teu sorriso que me faz recusar pensar mais de 2 segundos em ter-te comigo. És alguém que combina com tudo aquilo que gosto, és a melodia que adoro cantar...és parte de toda a minha vida. És o sinal que me aconselha a parar quando fantasio demasiado a realidade; és a liberdade do verão.
Jogos de cartas e sorrisos que te desafiam e finjo não obter resposta no teu olhar. A verdade mostra que sorris com a minha fuga às tuas investidas. Não ignores o prazer que me dás quando uma chamada minha faz o teu momento e quando me beijas, sempre que o consegues. Aprendi que neste jogo nem sempre dito as regras: Apaixonei-me.
A loucura é sinónimo de atitudes insensatas e eu era a Miss Good Behavior. Desafiei a minha própria razão. Não me importa que me chamem de insensata se tenho o teu ombro para chorar. Descobri contigo que a vida é como uma guitarra basta agarrá-la, ter vontade de senti-la e alguém que nos acompanhe enquanto aprendemos a vibra com ela.
Cada segundo, cada dia que passa, és a semente e o fruto da inconsequência dos meus actos; o riscar das minhas preocupações do dia-a-dia; és a voz que não me canso de ouvir limpar as lágrimas do meu rosto. As cartas de amor são doces pegajosos mas agradam a quem as recebe porque não descolam do pensamento. Se sorris ao ler isto verás a rapariga mais em mim o teu espelho.
Nos jogos de sedução foste o único que me definiu como perfeita inconsequente. Segredas-me que sou os teus segundos mas és tu o meu doce sorriso quando não consigo sorrir. O único que me dás segurança para cantar, e canto contigo sem pensar na afinação desfeita da minha voz.
Nestes momentos loucos, indefiníveis, és tudo aquilo que vivi porque foi a tua mão que segurou a minha.

5 comentários:

Trivela7 disse...

esqueceste-te de escrever:
"inspirado na música "Everything" do Michael Bublé"
e...
"dedicado ao rapaz dos meus sonhos, talvez um Júlio ou um Paolo. que ainda não apareceu."
xxx

Anónimo disse...

bem, gostei, sao rara as vezes em que eu consigo ler um poema até ao fim sem pensar"fogo que seca" n sei se o que escrevest é pura imaginaçao ms tenho quase a certeza que ha um pouco de verdade no que escrevest é algo que se consegue sentir na tua maneira de escrever. bj fika bm

Nemec disse...

Já à algum tempo que não lia nada teu... este texto trouxe-me à memória aquele "livro" que publicast no forum da Ana (ou da Cristina)... as saudades que eu tinha de ler algo assim... obrigado por me matares esta fome! já agora, é de mim ou anda mouro na costa?

bjs

Margarida disse...

Darling,ninguém tira "hilações". Estou francamente indecisa entre usar uma corda para te enforcar ou arrumar logo o assunto com umas semi-automáticas por causa desse erro CRASSO!!! A única ILAÇÃO que posso tirar dessa escorregadela é que,dois anos depois,ainda não aprendeste nada comigo...

Lu disse...

olha....vou recambiar essa queixa para a minha mana...ela k jurou a pés juntos k ilações tinha h....pk eu tinha escrito a palavra sem h...
fala com ela...mas trata dela dps do aniversario.....;)
P.S.-Eu aprendi mtas coisas contigo ...mas sobre outro assunto....sua preversa!